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O Papa Francisco presidiu nesta terça-feira, 12, a Missa por ocasião da Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América Latina. Numa homilia breve, o Pontífice ressaltou a mensagem de Guadalupe, centrada na humildade.
O primeiro aspecto ressaltado pelo Papa foi a imagem da Virgem impressa nas vestes humildes de um camponês. “É a imagem da primeira discípula, da mãe dos crentes, da própria Igreja, que permanece impressa na humildade daquilo que somos e temos, que não vale muito, mas que será algo grande na medida em que poderá transmitir a mensagem de Deus”.
A Virgem pediu a Juan Diego uma pequena tarefa: recolher flores. Na mística, explicou o Papa, as flores significam as virtudes que o Senhor infunde no coração. O ato de recolhê-las revela que Deus quer que se acolha este dom, que se perfume a frágil realidade com obras de bem, crescendo na virtude e eliminando ódio e temores.
Olhando para a mensagem de Guadalupe, o Pontífice destacou suas palavras: “Não estou aqui contigo, eu que sou tua Mãe?”. Palavras que assumem um novo significado: o “estar” da Virgem é permanecer impressa naquelas pobres roupas, perfumadas por virtudes reunidas num mundo que parece incapaz de produzi-las. “Virtudes que preenchem a nossa pobreza na simplicidade dos pequenos gestos de amor, que iluminam a nossa tilma, sem nos darmos conta, com a imagem de uma Igreja que carrega Cristo no seu seio.”
Esses foram os três elementos destacados por Francisco: a imagem, a tilma, as rosas; esta é a mensagem, frisou. “Esta mensagem defende-nos de tantas ideologias sociais e políticas com as quais com tanta frequência se usa esta realidade guadalupana para fundamentar-se, justificar-se e ganhar dinheiro. A mensagem de Guadalupe não tolera ideologias de nenhum tipo.”, concluiu.